A CIRURGIA DE REMOÇÃO DO PTERÍGIO está indicada por motivo cosmético ou funcional quando a progressão da lesão coloca em risco a visão ou quando há formação de simbléfaro limitando a mobilidade ocular. Se nenhuma destas indicações existe, é melhor tratar o PTERÍGIO clinicamente, já que a recorrência após a cirurgia é freqüentemente mais agressiva do que a lesão primária.
Existem múltiplas técnicas cirúrgicas para a REMOÇÃO DO PTERÍGIO, todas elas apresentando possibilidade de recidiva. Vários tratamentos para evitá-la após a cirurgia são preconizados. O mais comum é a irradiação beta com estrôncio 90 aplicado na esclera próxima ao limbo, num total de 1.000 a 1.500 rad divididos em 6 aplicações. As complicações mais freqüentes com este tratamento são: escleromalácia, afinamentos esclerais graves e mesmo endoftalmite.
O cisto de inclusão conjuntival gigante (CICG) pode causar sérios defeitos estéticos além de incompleto fechamento palpebral. Os autores apresentam paciente de 57 anos com cisto de inclusão conjuntival gigante em olho direito associado a pterígio. Discute-se sobre os aspectos fisiopatológicos da formação do cisto de inclusão e sobre as possíveis técnicas cirúrgicas.
O TRANSPLANTE DE CONJUNTIVA tem se tornado um procedimento cada vez mais utilizado devido à sua comprovada eficácia para diversas situações, com baixíssimos índices de complicações. O TRANSPLANTE DE CONJUNTIVA pode ser acompanhado de TRANSPLANTE DE LIMBO ou não, conforme o caso. Quando a patologia for unilateral e houver conjuntiva sadia no mesmo olho ou no olho contralateral, o transplante de conjuntiva deve ser realizado. Quando, no entanto, não houver disponibilidade de sítio conjuntival doador saudável do paciente receptor, doador HLA compatível deverá ser utilizado, sem necessidade de imunossupressão sistêmica.